Após semanas de paralisações e trabalho remoto, as empresas em todo o mundo estão gradualmente retomando as operações no local. Certamente, algumas empresas – aquelas consideradas essenciais – mantiveram suas portas abertas e operaram em plena capacidade, mesmo no auge da pandemia do COVID-19.
Embora a lista de negócios essenciais varie de acordo com a jurisdição, a maioria dos casos inclui instalações de saúde, farmácias, supermercados, lojas de conveniência, bancos e postos de gasolina, além de serviços de entrega, saneamento, encanamento e reparos elétricos.
Essas empresas oferecem lições valiosas para empresas de qualquer setor, considerando a reabertura: Como uma empresa permanece operacional, mantendo funcionários e clientes seguros e prevenindo novos surtos de COVID-19?
Os ambientes de trabalho diferem bastante um do outro e não existem soluções de tamanho único. Dito isso, ao estudarmos as práticas de segurança de negócios essenciais durante a pandemia, dois princípios se destacaram claramente como eficazes: adequar as medidas de segurança ao ambiente de negócios único e implementá-las em toda a gama de atividades de negócios (não apenas nas operações no local).
Este artigo descreve várias práticas adotadas por empresas essenciais, algumas aplicáveis também em outros setores. Vale a pena considerar essas práticas, já que o mundo dos negócios traça um caminho para o próximo normal.
Compilamos uma lista de algumas das medidas de segurança que empresas essenciais de vários setores implementaram. Essa lista de práticas pode ser útil para proprietários e operadores de negócios, pois eles procuram reabrir seus espaços de trabalho.
Antes de reabrir, os empregadores podem tomar medidas para educar os funcionários sobre novos protocolos, identificar indivíduos em risco e fornecer recursos adicionais para tornar a experiência de retorno ao trabalho segura e ordenada. Os seguintes problemas merecem consideração:
A medida mais óbvia de mitigação de risco é continuar o trabalho remoto sempre que possível. Mesmo em empresas onde grande parte do trabalho não pode ser realizado remotamente (como supermercados), os líderes da empresa fizeram esforços significativos para serviços sem contato. Por exemplo, as redes de supermercados introduziram a coleta sem contato em seus estacionamentos. Os fabricantes moveram funções que não exigem acesso a equipamentos no local (funções como finanças, compras e marketing) para um modelo remoto. Os fisioterapeutas estão alavancando a telessaúde e as rotinas de exercícios virtuais em casa.
Em locais onde o teste COVID-19 está amplamente disponível, as empresas consideram uma maneira altamente eficaz de proteger a saúde dos funcionários.
Em locais onde os testes não estavam disponíveis, as empresas usaram várias formas de avaliação de sintomas para rastrear funcionários de alto risco.
A experiência de negócios essenciais sugere que medidas mais brandas de segurança, como treinamento e educação, desempenharam um papel importante na instilação de novos hábitos entre funcionários e clientes. Várias empresas desenvolveram módulos de treinamento e educação on-line para familiarizar os funcionários com os novos protocolos de segurança e higiene antes de voltarem ao trabalho.
As empresas estão ajudando os funcionários a cuidar não apenas de sua segurança física e bem-estar, mas também de sua saúde mental. As empresas estão começando a fornecer ferramentas de saúde mental – fornecendo assinaturas gratuitas para aplicativos de meditação, por exemplo. Muitas universidades e empresas estão oferecendo aconselhamento em vídeo sob demanda para funcionários e constituintes.
Para minimizar o risco de exposição dos funcionários à infecção durante o transporte, alguns empresas providenciaram transporte organizado (como ônibus), incentivaram carona ou compartilhamento de carona subsidiado para a equipe. E ajustaram seus dias e horas úteis para minimizar o deslocamento dos funcionários durante o horário de pico.
Muitos estabelecimentos que reabriram estão exigindo verificações de temperatura para todos os funcionários e clientes na entrada.
Para minimizar o aglomerado de entrada e saída, algumas fábricas estabeleceram horários de início escalonados para cada dia de trabalho: os funcionários chegam em ondas a cada 10 ou 20 minutos. Muitas lojas estão restringindo o número de compradores que entram nas lojas ao mesmo tempo e criaram decalques nas calçadas que levam à loja para orientar os clientes a alinharem um metro e meio de distância.
Da mesma forma, algumas pequenas e médias empresas estão limitando o número de pessoas dentro de suas instalações vendo os clientes apenas com hora marcada e pedindo aos clientes que esperem em seus carros ou fora das instalações até receberem uma mensagem convidando-os para entrar.
As empresas devem aprimorar significativamente seus protocolos de limpeza. Por exemplo, agora as lojas e outros varejistas estão disponibilizando rotineiramente desinfetantes para as mãos ou desinfetantes para limpeza nas entradas.
A entrada e saída de um local de trabalho são oportunidades para lembrar as pessoas sobre protocolos de segurança e reforçar o uso de equipamentos de proteção individual (EPI).
Muitos estabelecimentos comerciais em todo o mundo não permitem que os clientes entrem, a menos que estejam usando coberturas faciais. As instalações médicas criaram regras rígidas em relação aos EPI, com salas dedicadas aos profissionais de saúde para trocar de roupa no início e no final de seus dias de trabalho.
Lembretes em andamento
Muitas empresas criaram sinalização para corredores de mão única; os decalques no chão indicam onde os compradores devem ficar quando fazem fila para fazer o checkout.
Outras vem divulgando os alto-falantes nas lojas sobre hábitos saudáveis e instando os compradores a manter distância. Algumas empresas enviaram lembretes a seus funcionários para higienizar as estações de trabalho a cada poucas horas.
Em ambientes de trabalho em que as pessoas precisam estar próximas umas das outras, o foco está em melhorar drasticamente os protocolos de limpeza. Várias empresas instalaram estações de lavagem de mãos em áreas de tráfego intenso em suas instalações.
Mercearias estão designando funcionários para higienizar os carrinhos de compras após cada uso; academias e hotéis estão fazendo o mesmo com equipamentos de ginástica. Outras empresas atualizaram seus sistemas de filtragem de ar.
A limpeza profunda é particularmente importante em instalações onde os indivíduos podem ter problemas para seguir um conjunto de diretrizes de segurança, como creches, escolas com crianças pequenas e instituições que cuidam de pessoas com deficiência.
Muitas mercearias e lojas de conveniência, bem como fábricas onde os trabalhadores devem ficar próximos em uma linha de montagem – instalaram partições de acrílico nos caixas ou nas estações de trabalho. Os funcionários do call center estão agora a dois metros de distância e as passarelas foram designadas como unidirecionais.
Uma empresa global de serviços imobiliários comerciais, projetou um conceito que inclui barreiras entre as mesas, círculos em negrito nos tapetes ao redor das mesas, indicando onde as pessoas podem ficar em pé e maior sinalização – tudo para incentivar o distanciamento físico.
Algumas empresas de entrega dividiu os funcionários em três equipes, permitindo apenas uma equipe no escritório por dia.
As empresas estão tomando medidas para eliminar ou pelo menos minimizar as reuniões nos espaços comuns. Algumas grandes empresas, as reuniões de estratégia com a presença regular de 40 a 50 pessoas acontecem agora em três salas, com videoconferência em cada sala. Esse arranjo permite que os indivíduos se dirijam a todos os participantes e colaborem em grupos menores, sem se amontoar em uma única sala de conferência.
Algumas fábricas escalonaram intervalos para almoço e ofertas de refeições no local.
Dadas as altas taxas de transmissão do coronavírus, toda empresa deve ter planos e processos em vigor no caso de um funcionário ou cliente ser infectado. É fundamental que uma empresa comunique claramente seus processos pós-infecção a todos os níveis da organização.
Os recursos para rastreamento de contatos – seja através do uso da tecnologia, de uma equipe de rastreadores de contatos humanos ou de ambos – têm sido importantes para manter ambientes de trabalho seguros para negócios essenciais.
As empresas definiram protocolos de ativação claros para lidar com uma infecção ou surto. Por exemplo, os hospitais fecham áreas limpas que podem ter sido expostas a vírus; indivíduos que podem estar infectados são isolados.
Algumas empresas definiram protocolos de retorno ao trabalho para funcionários infectados. Os protocolos comuns incluem vários testes negativos para COVID-19, um teste de anticorpos positivo e um período de duas semanas de auto-quarentena durante o qual a pessoa não apresenta sintomas.
À medida que as empresas se preparam para reabrir, pode ser apropriado estabelecer uma equipe de planejamento antecipado para orientar e acelerar a tomada de decisões. As responsabilidades da equipe incluirão a avaliação crítica de todas as políticas e protocolos de retorno ao trabalho, intervenções de segurança da força de trabalho para testes de estresse e revisão e refino de processos após a implementação.
Como todos os dias traz novos desenvolvimentos na luta contra o COVID-19, uma equipe de planejamento antecipado pode ajudar uma empresa a se adaptar e reagir rapidamente – e, finalmente, estar melhor posicionada para proteger a saúde e a segurança de funcionários e clientes.
E você, já preparou o seu plano de retorno?
Av. Nações Unidas, 8501 -17º. Andar - Eldorado Bulding
Pinheiros, São Paulo - SP
CEP 05401-070
Copyright 2018 ACDG
Todos os direitos reservados
Desenvolvido por Public Online
