Aquelas com recursos financeiros relativamente limitados correm maior risco, mas nenhum é imune aos efeitos da pandemia. A compreensão de quais pequenas empresas estão mais ameaçadas pode nos ajudar a responder melhor à esta crise.
À medida que as consequências da pandemia de corona vírus se tornam mais nítidas, a posição das pequenas empresas do país parece, em geral, particularmente sombria.
Algumas pequenas empresas estão mais vulneráveis porque estão em setores, mais afetados pela mudança de comportamento do cliente, especialmente o distanciamento físico e restrições operacionais obrigatórias iniciadas durante a pandemia. Outras pequenas empresas podem fechar porque já estavam em risco financeiro antes da crise.
Antes da crise, as pequenas empresas representavam quase metade de todos os empregos no setor privado. As saídas delas dos negócios causam desemprego e danos econômicos mais duradouros do que as paradas temporárias, por isso é importante entender quais pequenas empresas podem permanecer fechadas permanentemente. Esse conhecimento pode ajudar os líderes empresariais e os formuladores de políticas a desenvolver intervenções para proteger as pequenas empresas a curto prazo, garantir que elas possam participar da recuperação e coloca-las em uma base mais resiliente nos próximos anos.
Traçar os efeitos do COVID-19 contra o risco financeiro existente lança luz sobre a vulnerabilidade geral das pequenas empresas. Uma crise COVID-19 de longa duração poderia continuar afetando desproporcionalmente esses setores e tornando mais vulneráveis suas empresas a fechamento permanente.
As possíveis consequências da pandemia são mais profundas quanto mais tempo durar.
Quanto maior o impacto econômico do COVID-19, maior o risco desses setores. Acredita-se que a construção civil, por exemplo, seja altamente sensível à saúde geral da economia; portanto, uma recuperação mais prolongada, combinada com uma resiliência relativamente baixa, pode levar a uma vulnerabilidade significativa posteriormente.
A determinação do nível de vulnerabilidade imediata de cada setor fornece uma visão mais clara da magnitude do desafio que as pequenas empresas enfrentam nesses primeiros meses da crise.
As diferenças entre os setores dependem do quanto o COVID-19 os afetou e da probabilidade de fechamento das empresas afetadas.
Não são apenas os tipos de pequenas empresas com desafios conhecidos, como restaurantes e hotéis, que são bastante afetados. O mesmo acontece com outras pequenas empresas, em serviços educacionais, assistência médica e assistência social. Muitos serviços educacionais do setor privado, centros de educação infantil, aulas de esportes e escolas de arte, onde o distanciamento físico seria um desafio, poderiam se tornar vulneráveis.
Da mesma forma, pequenas empresas do setor de saúde – incluindo atendimento ambulatorial (como consultórios de dentistas) e pequenas clínicas particulares que os pacientes podem relutar em visitar pessoalmente – também são altamente afetadas.
No varejo, por exemplo, três quartos das lojas de roupas relataram um grande impacto negativo em seus negócios, contra apenas um terço das lojas de alimentos e bebidas.
Essa disparidade provavelmente reflete diferenças nas quais os negócios foram classificados como essenciais e, portanto, autorizados a continuar operando.
Na manufatura, os fabricantes de vestuário, dado o impacto da pandemia no varejo de roupas, estão entre as pequenas empresas mais atingidas: 70% relatam um grande impacto negativo. Entre os fabricantes de equipamentos elétricos e eletrodomésticos, porém, apenas um quinto relata um grande impacto negativo.
Proteger as pequenas empresas do amplo fechamento permanente é importante por causa dos muitos papéis que desempenham na economia, como empregadores, mecanismos de empreendedorismo, multiplicadores econômicos e centros comunitários.
Pensa-se que o fechamento permanente de pequenas empresas gere desemprego mais duradouro do que licenças temporárias e demissões.
As pequenas empresas criam oportunidades empreendedoras únicas, principalmente para mulheres, minorias e imigrantes.
Muitas empresas maiores dependem de pequenas empresas como fornecedores, clientes diretos para serviços B2B ou empregadores para muitos de seus clientes. Empresas muito pequenas geralmente formam uma porcentagem significativa de indústrias, como serviços imobiliários e de informação, que possuem altos multiplicadores de emprego, de modo que a perda de empregos nessas indústrias pode causar perdas significativas de empregos na economia em geral.
Fechamento generalizado de pequenas empresas podem atrapalhar as grandes empresas que dependem delas e ter efeitos indiretos no emprego, reduzindo os gastos na economia.
As pequenas empresas ainda formam a espinha dorsal de muitas comunidades.
Isso é particularmente importante para comunidades menores, onde as pequenas empresas formam uma proporção maior da renda geral.
Desde o início da crise, várias histórias destacaram os desafios sociais para pequenas cidades que perdem pequenas empresas e os efeitos negativos nessas comunidades.
O COVID-19 tem sido um desafio econômico significativo para milhares de pequenas empresas. Podendo ameaçar muito mais, principalmente aqueles com menos resiliência. Os líderes empresariais e os governos que apóiam essas empresas podem ajudá-las a continuar operando e colocá-las em uma base mais sustentável e resiliente, para que possam continuar a ancorar as comunidades, apoiando as economias locais.
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